A década de 1919 foi muito importante para a história da cidade de Santos, neste período o município passou por diversas transformações. A bolsa de café de Santos era instituída oficialmente por um decreto federal, pois o café era o principal produto agrícola movimentado na cidade e no país.
DESDE 1912
Em 1912, começavam a funcionar os famosos canais que atravessam a cidade, o sistema de saneamento projetado pelo sanitarista saturnino de brito. No mês de abril deste mesmo ano também era fundado o Santos F.C. e foi neste ano também que a casa REI DO CAFÉ era inaugurada por imigrantes portugueses.
O português Sebastião Menezes iniciou uma pequena loja de torrefação e moagem de café. Através de uma carta de chamada enviada para Portugal, trouxe para o Brasil o jovem Joaquim Augusto Alves, para aprender a fazer a torrefação e a moagem do café de forma artesanal.
Na década seguinte, Joaquim tornou-se sócio proprietário e nos anos 50 a casa passou a ser uma sociedade administrada pela família. A partir da década de 80, o REI DO CAFÉ passou a ser administrado também pelo filho, José Reinaldo Rema Alves, nos dias atuais, a torrefação conta com a terceira geração da família em sua administração, mantendo a tradição familiar, a qualidade e o sabor único do café.
O Rei do Café trabalha somente com grãos vindos de Minas Gerais e São Paulo do tipo arábica, espécie considerada mais saborosa, rica em aroma, adocicada, ligeiramente ácida e que atualmente representa três quartos da produção mundial.
Todo o processo é feito do mesmo jeito de quando a casa foi inaugurada. O grão cru, de cor verde, é colocado num torrador fabricado há 65 anos, com capacidade para 150 quilos por vez. O equipamento é movido à queima de lenha de eucalipto, por isso é muito importante experiência no processo, já que uma chama mais forte pode queimar toda a leva.
Depois de cerca de 20 minutos ou dependendo da cor que se deseja obter (cafés do tipo gourmet são feitos com grãos mais claros) o café é resfriado a ar por cinco minutos. Do torrador, um duto carrega os grãos até dois moinhos diferentes, onde são moídos o café do tipo tradicional e o gourmet. Para preservar melhor propriedades e características, a embalagem utilizada é do tipo almofada, que evita a dispersão e mantém o produto protegido da umidade.